WhatsApp não vai mais limitar recursos após atualização de privacidade

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O WhatsApp voltou atrás após divulgar que os usuários do App perderiam gradativamente as funcionalidades caso não aceitassem os novos termos de privacidade.

A decisão foi uma resposta para a pressão feita por usuários e órgãos reguladores de diferentes países, incluindo do Brasil. Foram cobradas explicações sobre a obrigatoriedade do compartilhamento de dados exigido pelo App de Mark Zuckerberg.

A FAQ do WhatsApp foi atualizada e já informa que, apesar da maioria dos usuários ter aderido à novidade, a empresa não tomará medidas mais restritivas. Da mesma forma, não insistirá em notificações para incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo.

Segundo o comunicado, no momento, a empresa não tem planos para exibir lembretes de maneira persistente nem para limitar funcionalidades do app.

O WhatsApp afirmou na última sexta-feira (28) para o portal de tecnologia The Next Web que a decisão considerou as discussões recentes com especialistas em privacidade e autoridades.

No Brasil, órgãos nacionais responsáveis pela defesa do consumidor e pela proteção de dados, como o Procon-SP, alertaram a empresa sobre possíveis violações às leis brasileiras.

Antes da decisão, os perfis que não concordassem com as novas regras não poderiam acessar a lista de conversas ou responder mensagens no App, usando apenas as notificações do celular como opção de resposta.

Depois de algumas semanas, o aplicativo pararia de enviar mensagens, receber notificações ou chamadas.

O WhatsApp só voltaria a funcionar normalmente quando o usuário aceitasse os novos termos de privacidade. Por enquanto, essas restrições foram canceladas por tempo indeterminado.

No fundo, o WhatsApp não desistiu dos dados dos usuários. Apenas desistiu da punição caso os usuários não cooperem.

Nenhum recurso será limitado, mas os usuários continuarão recebendo alertas insistentes para abrir mão da privacidade.